Semeando em novo chão
Estou começando
a construir um novo capítulo da minha história profissional com um novo grupo;
Novos parceiros na luta por uma educação melhor para nossos pequenos. Há muito
já sabemos que uma educação de qualidade só se faz a partir da reflexão permanente
sobre nossos saberes e fazeres .
Eis a razão e a
proposta deste espaço:
Servir para partilhar
um pouco do nosso trabalho e convidar um grupo a pensar, a construir,
ressignificar, conceber, conceituar juntamente com seus pares as respostas
possíveis para as muitas inquietudes que permeiam nosso oficio.
Que
não dá a outros o mérito de pensar sobre nossa docência, posto que desejamos
ser mais do que meros “fazedores” do nosso oficio.
Conhecendo as
histórias e as pessoas
Precisa conhecer as
histórias, as pessoas, seus sonhos, seus desejos e suas necessidades.
Não se pode chegar
com a arrogância de quem vem para ensinar desconsiderando o saber do outro, mas
com a humildade de quem veio pra aprender junto.
Não se deve invadir
quintais tal qual um desbravador errante. É preciso conquistar seu espaço, ser
aceito.
Quem chega precisa
pedir pra entrar na brincadeira ou acaba virando “café com leite”.
Cheguei há pouco no
CEI Jardim Matarazzo.
Logo que chegamos a
um novo lugar é latente o nosso desejo de sermos bem acolhidos, bastante comum
também, é percebermos a insegurança e expectativa do grupo com relação a nossa
chegada.
Se havia algo que
minha experiência já tinha me ensinado, era a respeitar a história dos lugares
e das pessoas.
Minha crença
irrefutável na gestão democrática pedia ouvir, antes de qualquer coisa, as
necessidades e desejos e expectativas daquele grupo.
Aquele era um momento
de “chegança”.
Qualquer plano de
ação precisa considerar histórias e sonhos das pessoas daquele lugar,
considerar as necessidades e fragilidades do CEI, estabelecer relações de
parceria, e principalmente ser aceita pelo grupo, pois sem uma relação de
“pertencimento” nenhum trabalho seria possível.
O coordenador pedagógico
“Buscar o
fortalecimento da proposta pedagógica e a qualificação das práticas educativas
da Unidade e a socialização do trabalho educativo do CEI com a comunidade
visando uma maior compreensão das famílias quanto aos princípios e propósitos
desse segmento, a valorização dos educadores e o fortalecimento das relações de
parceria e convivência”
Para tanto, os
momentos de formação continuada dos professores configuram-se em importantes
espaços de reflexão, essenciais para a constituição profissional, o aprimoramento
e refinamento das ações educativas, o fortalecimento do trabalho coletivo e a
construção e o fortalecimento da proposta pedagógica da unidade.
A reflexão é condição
maior para a qualificação das práticas educativas, pois só ela permite
buscar uma maior coesão entre as intenções e ações docentes, nos subsidia na
análise dos processos de aprendizagens e nos instrumentaliza no replanejamento
das ações educativas.
É importante garantir
que nossos encontros de formação sejam espaços de discussão coletiva que deem
conta de levar esse educador a reconhecer-se como profissional reflexivo, um
sujeito autor que cria e recria suas ações a partir das reflexões sobre seus
fazeres, na busca pela coerência entre suas intenções e ações docentes.
Algumas certezas
sobre o processo formativo já me foram possíveis construir ao longo dos últimos
anos e serão estes os balizadores e norteadores do meu trabalho formativo com
esse grupo.
Os horários de
formação nas unidades ainda conservam um caráter teórico descolado das
situações do dia a dia dos educadores, limitando-se muitas vezes apenas a leituras
de textos teóricos, estratégia que pouco se reflete ou ressignifica as práticas
dos educadores.
É preciso
ressignificar esses instantes garantindo que possam ser uma ponte real e
efetiva entre os saberes e fazeres dos educadores para tanto, precisam propiciar reflexões a partir dos seus legítimos anseios, dúvidas e experiências.
E é assim que essa nova história se inicia!
Todo trabalho pedagógico deve ser construído de forma participativa, no qual se dê atenção para a voz de todos: professores, alunos, famílias e instituição.
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