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MINI CURRÍCULO Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de São Paulo Graduada pela Universidade Paulista-UNIP, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior, Educação Infantil e Gestão escolar - ISE Vera Cruz. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS Formadora da DRE de Itaquera Educação Infantil e Informática educativa Formadora no Ponto de Cultura FAFE-USP (Oficina-Documentação Pedagógica-Tecnologias a Favor da Educação) Formadora no programa ADI Magistério - formação de professores- Fundação Vanzoline Professora de educação infantil e ensino fundamental I e de oficinas de arte no ensino fundamental II- Escola Tecnica Walter Belian

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Orientações didáticas: Planejando a Contação de histórias e o Reconto

O que o professor precisa saber e fazer para organizar uma situação de contação de história ?

A história é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso oral calcado no imaginário de uma cultura.

O contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e maior pode ser  disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto o que ajuda em situações com os pequenos bem pequenos e pode ajudar a introduzi-los no universo da leitura de histórias.

Por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.

Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais (toda história tem princípio, meio e fim ) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças. Cláudia Marques Cunha Silva

Algumas Orientações para planejar uma boa contação de historia:

Podemos destacar algumas orientações básicas para contar histórias:


1.     Escolha histórias cujo tema faça parte do universo infantil (que despertem o interesse das crianças)

2.     Incentive as crianças diariamente, contando pequenas histórias sem mesmo ter o livro nas mãos.

3.     Use entonação de voz atraente, sem exageros, faça suspense, faça drama, se emocione, expresse sua opinião sobre o tema e dê oportunidade para que a criança também apresente sua opinião.

4.     Enriqueça a narração com ruídos (onomatopéias) como miau! Au! Au! . Evite cacoetes como: aí... então... entenderam... não é?

5.     Use recursos gestuais para enriquecer a contação.

6.     As crianças adoram que se conte a mesma história varias vezes. Se preciso, repita as histórias para que as crianças possam apropriar-se delas 

7.     Pense em locais para além da sala para contra histórias, ambientes diferenciados como num gramado, debaixo de uma arvore, tornam o momento mais agradável . O importante é garantir que todas as crianças estejam confortáveis e possam visualizar o professor

8.    Conheça o texto da história, o ideal é que conte a história com suas próprias palavras. Para isso é importante que ele preparar-se para apresentar a história, principalmente se for fazer uso de objetos, caixas de história, fantoches ou qualquer outro apoio para a contação.

9.     Crie suspense  sobre a história a ser contada, despertar a curiosidade em seus alunos para envolve-los

10.  Preserve a atenção das crianças no local em que a história está sendo contada. (muito barulho, pessoas estranhas interrompendo, etc.).

11.  Envolva as crianças e buscando a participação delas fazendo questionamentos de forma que elas possam interagir com a história que está sendo contada.



O que o professor precisa saber e fazer para organizar uma situação de reconto?
 

 

O reconto é a possibilidade da criança expressar-se oralmente , organizar o pensamento apoiada por uma história já conhecida . No reconto as ideias da criança fundem-se a história, permitindo que ela crie , pense e sinta numa espécie de “faz de conta literário”

  No reconto as crianças podem mudar partes da história, inventar novos desfechos, criar misturando suas idéias ao contexto da narrativa.

Algumas orientações para planejar uma boa situação de reconto:

1.    Sente-se no nível das crianças e se dispor a ouvir com atenção sua narrativa evitando de interrompe-la porém apoiando-a se e quando necessário.

2.    Estimule a criança a recontar a história que ouviu; Se preciso disponibilize apoio para o reconto ( Ex: as imagens do livro)

3.    Oportunize situações para que todas as crianças possam contar historias sem  forçar ninguém.

   4.  Respeite as diferentes formas das crianças elaborarem suas narrativas.

Orientações didáticas: Planejando uma Roda de Leitura



O que o professor precisa saber e fazer para ler para crianças pequenas?

Ler é diferente de contar histórias para as crianças, porém ambas experiências são muito importantes para os pequenos.
Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.

Orientações para planejar uma boa situação de leitura:

1.    Antes de mais nada, acredite que as crianças aprendem e se desenvolvem com essa situações.

As experiências de leitura pelo professor possibilita às crianças, uma oportunidade para a ampliar seu repertório e conhecer muitas histórias, contos e textos diversos, além da aprendizagem de comportamentos leitores permitindo que elas construam uma rede de significados que  as auxiliará a compreender melhor as estruturas da leitura e da escrita.


2.    Observe as relações que as crianças estabelecem com o livro e a leitura mesmo muito antes de saberem ler.

Há muitas coisas que as crianças podem aprender sobre a leitura mesmo antes de saber ler:
Que nos livros tem histórias
Que é preciso virar as pagina do livro para ler as partes da história  e que existe um sentido correto para se virar paginas e ler.
Que a história não está só nas figuras, mas numa porção de “risquinhos” que aparecem no papel, por isso é possível  ler mesmo as histórias que não tem figura.
Que quando a gente conta a história pode mudar as palavras mas que quando se lê é sempre igualzinho.
Que a linguagem que usamos para escrever/ ler é diferente da que usamos para falar e é possível perceber as crianças apropriando-se  discursivamente das estruturas convencionais da linguagem escrita tal qual elas aparecem nos diferentes textos (“era uma vez” ,”levou-a ao jardim”) mesmo sem nunca tê-los lido convencionalmente, mas com uma intimidade que só é possível a quem é oportunizado este contato através de leituras constantes e do uso social da leitura e escrita.

3 Goste do que vai ler

Encantar-se para encantar as crianças pois que a condição básica para formação de um leitor é o prazer pela leitura. 

4 Crie situações diárias de leitura com e para as crianças

A regularidade é importante e fundamental na construção de uma familiaridade necessária para a construção do hábito e a apropriação das convenções da língua escrita


5. Organize esse momento da rotina planejando com intencionalidade

Pensar em um espaço acolhedor para as crianças que pode ser na própria sala num canto da sala, num tapete, ou embaixo de uma árvore . Organizá-los de forma que todos possam visualizar o professor.

È importante cuidar também para que esses momentos não sofram interrupções ( Ex:deixar avisado na porta da sala que é hora da leitura)


6. Escolha o livro antes, considerando os critérios adequados a sua intenção e as características, possibilidades e potencialidades seu grupo de crianças

Ajustar sua escolha a sua intencionalidade, cuidando para que esses critérios considerem principalmente a qualidade das obras escolhidas.

6. Conheça muito bem o texto,

 Ensaiar antes a leitura para evitar “tropeços”, utilizar a voz de forma clara e ler com boa entonação e interpretação, dando  vida a história.


Durante a leitura ele deve demonstrar atitude cuidadosa de quem lê para o outro e é referência de leitor: preocupando-se com a entonação , mostrando-se interessado, surpreso, emocionado. Também deve manter-se fiel ao texto, explicitando a diferença entre ler e contar histórias. (OCs)

7. Converse com as crianças antes e depois dos momentos de leitura

 Mostrar o livro, falar da história que será lida e porque a escolheu, citar o nome de quem escreveu/ ilustrou, explorar a capa e o título (ou até mesmo as imagens), ler na contra capa o resumo /sinopse do livro para que as crianças possam antecipar idéias sobre a história que será lida.

8. Considere a relevância de se mostrar ou não as imagens no corpo do texto

Algumas obras pedem a leitura conjunta do texto e da imagem  pois que se complementam, porém, muitas vezes  a preocupação em parar e mostrar as imagens compromete a cadência da leitura. Pensar em formas diferentes de se organizar as crianças ( atrás do leitor de frente para o livro) ou a posição do livro ( no chão no centro da roda por ex.) ou ainda considerar a organização de leitura em grupos menores pode fazer parte do planejamento do professor dependendo da sua intencionalidade. Assim como explorar antes as imagens com as crianças ou ainda combinar que elas irão imaginar as cenas da história. 

9. Respeite o texto sem simplificá-lo ou mudar as palavras ou pular trechos

Lembrando sempre que o leitor apenas empresta sua voz ao autor e, portanto, não tem permissão para alterá-lo È importante que as crianças ouçam novas.expressões e palavras que serão compreendidas dentro do contexto da leitura.  


10. Mantenha uma postura leitora que possa servir como uma referência

È importante que o professor enquanto parceiro cultural seja uma referência de leitor no qual a criança se apóia para construir significados para tanto, durante a leitura ele deve demonstrar atitude cuidadosa de quem lê para o outro se preocupando com sua postura, entonação, mostrando-se interessado e envolvido com o texto.


11. Disponibilize o livro para que o toquem, folheiem, ou até mesmo recontem a história.

Esse é um instante bem interessante para observar as crianças e as relações que estabeleceriam com o livro/ história logo depois da leitura oportunizada pelo educador.

12. Converse sobre a história

Abrir espaços para que falem sobre a leitura/ história Perguntando e (...) opinando sobre o que leu, colocando seus pontos de vista e ajudar as crianças a comentar a leitura, colaborando assim com a construção coletiva de sentidos para o texto. (OCs)


13. Oportunize que as crianças escolham outros livros para que sejam fossem lidos
 Converse com as crianças sobre outros livros e histórias. Oportunize que elas possam escolhê-los para as novas leituras. escolher uma história ou um livro também é um procedimento leitor

14. Garanta o acesso das crianças aos livros
As crianças devem ter contato direto com os livros para folheá-los e explorá-los por conta própria, por isso é importante que o professor organize um canto permanente de leitura na sala  onde elas possam ter livre acesso aos livros. Esse contato direto com o livro ( ...) possibilita não só a construção de procedimentos de manuseio desses materiais e de hábitos como também lhes permite explorar possibilidades de leitura ainda que elas não saibam ler convencionalmente: as imagens, por exemplo, informam e ajudam a antecipar muito do que será explicitado por meio das palavras.(OCs)