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MINI CURRÍCULO Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de São Paulo Graduada pela Universidade Paulista-UNIP, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior, Educação Infantil e Gestão escolar - ISE Vera Cruz. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS Formadora da DRE de Itaquera Educação Infantil e Informática educativa Formadora no Ponto de Cultura FAFE-USP (Oficina-Documentação Pedagógica-Tecnologias a Favor da Educação) Formadora no programa ADI Magistério - formação de professores- Fundação Vanzoline Professora de educação infantil e ensino fundamental I e de oficinas de arte no ensino fundamental II- Escola Tecnica Walter Belian

domingo, 11 de setembro de 2011

AUTONOMIA PARA ALÉM DA LIBERDADE CONCEDIDA

 Muitas são as situações do nosso dia a dia nas unidades que pedem uma analise atenta que possibilite reflexões e discussões a fim de refinar nossos olhares e qualificar nossas ações. 

 Escolhi falar um pouco sobre nossos instantes de alimentação numa creche  Pública (CEI) de São Paulo que atende crianças de 0 a 3 anos.

  Hoje , grande parte dos CEIs dispõe de balcões térmicos e práticas de auto serviço (ou se preferir, self-service) nos horários de alimentação. Podemos avaliar esse movimento como um avanço protagonizado pela educação infantil se considerarmos que crianças de ensino fundamental  I e II  na mesma rede, são servidos pelos adultos, comem ainda com colheres em pratos plásticos em intervalos reduzidos de 15 minutos nos entremeios das aulas.  
  No entanto, sabemos  que a implantação do Self-Service é muito mais do que uma questão de material ou reorganização dos espaços e pede trabalhar-se com os princípios que norteiam estas propostas.
 Ao mesmo tempo em que nossos “balcões térmicos” povoam nossos refeitórios, não são poucas as vezes que ainda podemos perceber os educadores servindo as crianças, escolhendo o lugar em que se sentarão, pedindo que ficassem em silêncio durante a refeição .

 Sabemos que as reais transformações passam por um longo processo de reconstruções das nossas intenções e ações docentes e que estas, são regidas por concepções enraizadas que pedem mais do que somente se alterar situações estruturais e organizacionais da nossa prática.
 É preciso continuar investindo nas discussões com o grupo para que a implantação do Self-Service no CEI não seja visto apenas como uma mudança organizacional restrita a quem e como se serve um prato. 

Ainda se faz necessário discutir com o grupo questões como:
·     Tempo de espera

·     O papel do educador em situações importantes nestes horários (planejar, observar, avaliar, intervir, mediar)

·     A importância de se considerar as diversas situações sociais e culturais de alimentação
·     O papel do educador no desenvolvimento de bons hábitos de alimentação

Mas penso que o maior dos equívocos é o olhar reducionista de acreditar que essa proposta refere-se unicamente ao deixar ou não a criança servir-se  sozinha.

Nesse sentido parece existir uma permanente confusão entre : 
Desenvolvimento Gradativo da Autonomia
X
Liberdade Concedida

O desenvolvimento gradativo da autonomia pede: 
·     Observar a criança e seus processos
·     Intervir de forma a fazê-la avançar
·     Cuidar no sentido mais profundo da concepção, preocupando-se com o bem estar do outro.

A liberdade concedida , no entanto, independe de qualquer análise e ou observação do processo.

Fica mais fácil compreender se pensarmos no exemplo: 

Espera-se que, aos cinco anos uma criança já saiba cuidar da sua higiene intima sozinha ao fazer suas necessidades. Á ela, então, é concedida a liberdade ir ao banheiro sem o acompanhamento de um adulto. 

Se tivermos o cuidado de observar esta criança poderemos talvez perceber que ela ainda precise de auxílio de um adulto para tal tarefa e essa observação pede do educador algumas intervenções para que ela possa ir construindo gradativamente essa competência. 

Uma educação infantil, que tem como princípio o EDUCAR e CUIDAR e como concepção  a construção significativas de conhecimentos a partir da relação que a criança estabeleça entre o que já sabe e aquilo que é  novo , precisa ter claro a função do educador nesse processo.

Olhar para a criança, analisar o que já sabe, pensar em que pode aprender, planejar intervenções possíveis e observar seus novos avanços, nos deixa claro nosso compromisso permanente com o processo de  desenvolvimento gradativo da autonomia de uma criança. E essa é uma postura que vai muito além de deixar ou não uma criança comer sozinha.  
LIBERDADE CONCEDIDA pede CONCEDER

DESENVOLVIMENTO GRADATIVO DA AUTONOMIA pede CONSIDERAR





5 comentários:

  1. Olá irene!

    Você sabe que no contrato de DME/SME com as empresas terceirizadas prevê a utilização de prato de vidro?
    Uma das conquistas desta briga de ggantes

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  2. Bem, toda história tem seus dois lados, ok, mais vamos analisar pelo lado que nos é orientado para se trabalhar com nossos alunos, a cultura os costumes e etc.., acredito que todas essas datas estão inseridas nesse contexto. em olhar como professora considerando a classe social de cada aluno, o que observo são crianças ansiosas e empolgadas a espera de muitas dessas datas, para escrever uma carta com tanto carinho para os pais, ou ganhar fazer de uma simples orelhinha de coelho um brinquedo que os leva a brincar e imaginar durante dias, ou ganhar um simples pirulito ou chocolate, que para a maioria tem um grande significado. vejo as datas comemorativas como alguns momentos prazerosos que se pode proporcionar para estes alunos, onde todo o esforço dos professores em planejar e confeccionar tudo, e recompensado com um simples sorriso de agradecimento, consumismo sempre vai existir, pois sempre estamos a procura de algo não importa o que seja, diversidade também pois vivemos em um país de diversas raças e culturas. Acredito que temos que ensina-los a respeitar uns aos outros assim irão compartilhar suas experiências e saberes, para abranger cada vez mais a aprendizagem e conhecimentos. Nossas crianças tem que aprender a conviver com algumas realidades, que não podermos ter tudo, e para termos o que queremos precisamos nos esforçar para isso. Cada vez mais que vendarmos nossas crianças da realidade mais teremos uma geração liquida, sem propósitos, frágeis e menos independentes. Talvez o que se deve ser analisado e a forma que passamos essas datas para nossos alunos e não a exclui-las, porque assim estaremos excluindo também quem tem o costume de comemora-las.

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  3. Particularmente acho muito importante trabalhar as datas comemorativas com as crianças da educação infantil, pois dessa forma elas passam a conhecer a História e a cultura popular do seu Estado e do seu País. Além de desenvolver a percepção e a imaginação.

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  4. Concordo plenamente com a autora. As datas fogem totalmente da realidade das nossas crianças, do contexto social delas, a maioria das datas tem apenas interesses econômicos capitalistas. e.

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